Entrevista com "André Brum - Câmara Municipal de Agudo - RS"

Reportagem: Qual o seu nome, completo, idade, cargo e empresa?
André Brum: André Brum da Silva, 39, Oficial Legislativo da Câmara Municipal de Agudo - RS
Reportagem: Quanto tempo de legislativo?
André Brum: Rapaz, são 17 anos
Reportagem: Como você conheceu o Interlegis, GITEC, SAPL e cia?
André Brum: Bem, tudo começou em 1998 (ou seria 1999?), quando a Câmara recebeu uma correspondência do Interlegis convidando para que aderisse ao Programa. Então, estamos desde o início.
Reportagem: E o SAPL, quando vocês começaram a utilizar?
André Brum: Lá se vão uns seis anos, começamos a utilizá-lo logo que recebemos os primeiros equipamentos do Interlegis, em 2001.
Reportagem: André, no RS você conhece mais alguma Câmara que esteja utilizando ativamente as ferramentas do interlegis, como a CM de Agudo está?
André Brum: Olha, meu contato é maior com as Câmaras da região e, infelizmente, elas não tem usado não, apesar de eu sempre tocar no assunto com os colegas. Imagino que a causa seja a novidade (coisa de que sempre temos medo) que é o mundo do software livre. E isso apesar do muito que o Interlegis e o próprio Gitec já divulgaram seu uso. Pelo que sei as adesões não são muitas.
Aliás, Angelo, o que é uma pena, porque somos a prova "viva" de que o SAPL não só funciona, como é uma ferramenta muita moderna não apenas para o trabalho de controle do processo legislativo como de acesso da população às suas informações, via portal.
Reportagem: Mas, o que você acha que falta para que haver uma maior adesão e um maior aproveitamento desta utilíssima ferramenta pelas Câmaras?
André Brum: Olha, primeiro é uma questão de romper com o medo das mudanças, devemos ter estratégias mais eficientes para superar essa barreira. Aliás, isso não diz respeito apenas à questão da tecnologia da informação, mas também a mudanças em geral que são necessárias nas Casas Legislativa para que elas respondam melhor às demandas da sociedade. A questão do uso do SAPL, assim, diz respeito a uma nova maneira de encarar o controle do processo legislativo.
Uma maneira que seja ágil, moderna e, principalmente, democrática, já que o SAPL permite que a comunidade saiba detalhes da elaboração das leis e das propostas. Assim, é importante que sensibilizemos parlamentares e colegas de Câmaras para essas possibilidades que surgiram.
Reportagem: Bem sua palestra no Encontro é sobre a Implantação do portal modelo em sua Câmara, o que você pode nos adiantar sobre a mesma?
André Brum: É importante frizar que eu não sou profissional da área de informática. Assim, minha abordagem será mais no sentido de mostrar que funcionalidades do portal estamos usando na Câmara de Agudo. Além disso, pretendo mostrar que tipo de dificuldades os servidores que não entendem de informática (como eu) podem encontrar. Entendo que isso é importante, pois o Interlegis deve crescer e passar a atender muitas outras casas legislativas que, talves, tenham um corpo técnico que enfrente as dificuldades que enfrentei, ou talves outras ainda maiores. Se o Interlegis quer avançar, inclusive no uso de seus produtos pelas Câmaras, deve prestar atenção a esses aspectos.
Mas também que dizer, e o faço desde já, que elas não são insuperáveis não, pelo contrário. Com o auxílio dos amigos do Gitec conseguimos avançar muito, sendo a prova o fato de que, no caso do portal, em pouco tempo conseguimos implantá-lo. Assim, se por um lado há dificuldades para o usuário que está recém tomando conhecimento dos produtos, há uma grande equipe ajudando a resolver problemas.
Reportagem: Então, você pode dizer que o sucesso da implantação do portal em sua câmara, se deve em grande parte ao GITEC?
André Brum: Ah, sem dúvida. Sem o Gitec não teria sido possível, não.
Reportagem: Fico muito feliz em saber disso André.
André Brum: isto é, Angelo, teria sido possível, mas a um custo muito maior para a Câmara e seus servidores (custo, aqui, em termos orçamentários, de desgaste mental e de demora.
Reportagem: Mudando de pau pra cavaco. Quais são as suas atuais expectativas para o nosso I Encontro Nacional do Gitec
André Brum: Expectativas...
Reportagem: Sim
André Brum: bem, primeiro espero poder aprender muito. Sei que, no que depender dos membros do Gitec, isso vai ocorrer. Em segundo lugar, espero poder compartilhar um pouco da nossa experiência nesse anos de participação no Interlegis e no Gitec. E, além disso, espero que possa encontrar todos esse amigos que a gente conhece a tanto tempo virtualmente, mas não pessoalmente. e que a junção de tudo isso resulte em maiores laços profissionais e de amizade entre todos nós!
Reportagem: Legal, também espero isso. Mas mudando novamente. O que você espera do interlegis no futuro?
André Brum: Espero que ele consiga avançar em direção a todos os seus objetivos. Até agora ele tem atuado mais na parte ferramental (equipamentos, sistemas), mas precisa avançar também em aspectos como a eficiência da ação legislativa. Acho que o Interlegis precisa chegar a esse nível de avanço.
Reportagem: André. Espero não ter tomado o seu tempo e muito obrigado pela entrevista. Pra finalizar, o que você tem a dizer pra aqueles que ainda não se decidiram em ir a Brasília nos dias 03 a 05 de Outubro?
André Brum: Que não podemos perder uma oportunidade como essa. O Encontro será um momento muito importante para todos nós, então, ninguém pode ficar de fora.
Obrigado pela oportunidade, espero que nos vejamos todos lá.

Entrevista com "Ricardo Ferraz - CM Recife"

Reportagem: Nome completo, idade, cargo e empresa?
Ricardo Ferraz: Ricardo Williams Paixão Ferraz, 30 anos, Diretor de Informática da Câmara Municipal do Recife.

Reportagem: Ricardo, conte-nos um pouco de sua história junto ao interlegis?
Ricardo Ferraz: Bem o primeiro contato que tive com o Interlegis foi uma vídeo-conferência realizada na Assembléia Legislativa de Pernambuco com o Paulo Fernandes, até então não conhecia a sua estrutura e os seus produtos. Naquele nosso primeiro momento achei interessante a idéia de Comunidade Virtual do Poder Legislativo, porém o analista de sistemas que me acompanhava não era visionário, pois ele era defensor de software proprietário, como ele era uma espécie de pessoa do presidente da casa fui voto vencido na utilização do SAPL. Mais não baixei a guarda, depois de 1 ano, modificada a mesa diretora, procurei o novo Presidente e pedi para que o mesmo fizesse uma visita de cortesia ao Interlegis, o mesmo fez e gostou. Voltando ao Recife o Presidente mim procurou e disse: “Ricardo, a Câmara precisa dessa ferramenta, visite o Interlegis em BSB juntamente com outros diretores e verifique o que temos que fazer”. Desafio a frente convenci a parte legislativa a ir para Brasília, porém foram necessários três meses para convence-los, isso porque mudar cultura de funcionário de mais de 20 anos de Câmara é muito complicado, ainda mais por ser sistema, mais enfim convenci e viajamos. A minha satisfação foi quando os diretores me disseram:
- E ai Ricardo, quando o SAPL vai está instalado?\
O resto vcs já sabem, a CM Recife possui mais de 23.000 documentos no SAPL.
Alguns outros trabalhos que fiz como voluntário do Interlegis ocorreu no ano de 2005. Eu teria participado de um Encontro do Interlegis em Brasília, em dezembro de 2004, onde fomos apresentados a outros companheiros: Nilo, Eduardo Pedra, Hélio Teixeira, Thiago, Sérgio, Marcos Aquino, Luciano de Fázio, e nesse encontro tive a felicidade de encontrar o Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembléia de Pernambuco e fiz um desafio a ele, levar ao interior do Estado informações sobre o Interlegis e ele ficou de pensar na idéia. Seis meses depois fui chamado a Assembléia Legislativa e fizemos todo um planejamento de visitar o estado de Pernambuco. Pois o nosso objetivo maior era realizar uma audiência pública ressaltando a importância do Interlegis. O estado foi dividido em regiões, e as visitamos, lembro como se fosse hoje, saímos numa quinta-feira do Recife em direção ao Sertão Pernambuco numa van executiva, eu, dois assessores da comissão e dois policiais militares, visitamos cerca de 13 câmaras, pude falar para todo na garganta, cheguei no Recife doente onde fui hospitalizado devido ao esforço, mais com aquele sentimento de dever cumprido. A audiência ocorreu no dia, estiveram presentes 26 Câmaras, o José Dantas e o Paulo Fernandes representaram interlegis. Naquele ano ainda visitamos muitas câmaras e participamos de alguns Congressos de Vereadores, palestrando sobre o Interlegis, posso dizer que foi muito importante para mim, por diversos motivos, o Interlegis estava sendo cada vez mais conhecido e a nossa CM estaria cada vez mais reconhecida pela trabalho voluntário.
Hoje sem sombra de dúvida a nossa CM é referência no Estado e uma parceira do Interlegis em todos os níveis, seja orientando outras CMs a utilizar as ferramentas, seja recebendo visitas de diversas outras CMs repassando informações sobre as melhores práticas legislativas.

Reportagem: Como já tive a oportunidade de trabalhar junto com você, tenho conhecimento do enorme trabalho que tem feito com o sapl em seu estado. Como você analisa a absorção do mesmo por parte das cms que nunca tiveram contato com tal tecnologia anteriormente?
Ricardo Ferraz: Como teria falado anteriormente visitamos diversas regiões divulgando o SAPL e o que sinto é que as CMs querem e precisam não só do SAPL, mais de outras ferramentas do Interlegis, posso dizer que o Conjunto Interlegis é imprescindível para essas casas, a maior barreira é a falta de conhecimento de alguns gestores dessas CMs ou a falta de informação que não é repassada de gestor para gestor, acredito que muitos ainda tratam a casa legislativa com extensão da cozinha de casa, esses certamente iram continuar a mercê de produtos proprietários e certamente excluídos, por opção deles mesmos, de uma grande comunidade de práticas, simplesmente por vaidade, mais tenho certeza que cada um de nós tem um papel importante nessa mudança e juntos sei que iremos conseguir mostrar a importância de fazer parte do Interlegis, acredito também que deva existir um pós-venda de nossos produtos, a forma como será realizada acredito que temos juntos que procurar uma alternativa.

Reportagem: Agora falando sobre o PPM. Tendo trabalhado em tantas camaras e em tantos lugares, destaque alguns pontos positivos e negativos do projeto.
Ricardo Ferraz: Pontos Positivos:
- Integração do Legislativo;
- Transferência de Tecnologia;
- Busca pela Excelência;
- Desenvolvimento freqüente com as equipes;
- Excelência na qualidade de serviços prestados.
Pontos Negativos:
- Temos que tomar cuidado com a pós implantação;
- Na minha opinião deveríamos após as instalações enviar o multiplicador para dar os treinamentos;
- Desconhecimento por parte da comissão executiva ou mesa diretora sobre a funcionalidade de Projeto;

Reportagem: Sei que vc tem ótimas estórias vividas nas instalações do ppm, conte-nos pelo menos duas.
Ricardo Ferraz: Rsrsrsrsrsr...
...Um estória ocorreu na Cidade de Murici-AL estava eu com o Orna Trindade de Dourados instalando os equipamentos e configurando os servidores, quando uma amiga minha pediu para que eu entrasse no msn para tentar ajuda-la num trabalho de faculdade, pois bem, estava eu lá no msn teclado e tentado resolver alguns problemas e o Orna de lado, num instante precisei sair para finalizar as instalações nas estações do PPM e quando retornei cadê o modem ...perguntei ao Orna e ele disse que não sabia, depois de muito tempo descobri que o meu amigo Orna teria escondido o modem para que eu não ficasse teclado no msn...rsrsrsrsrrsrsrs...morri de rir nesse momento...
...uma outra estória ocorreu com o Ângelo de Carneirinho, estávamos saindo de Canoinhas- SC, onde acabávamos de instalar o PPM e o nosso amigo emprestou o seu AP em Curitiba para que passássemos a noite, fomos para curitiba e lá chegando esquecemos de perguntar o endereço do prédio...e ai o que fazer...paramos num bar tomamos uma cerveja e o Ângelo falou: “Ric, eu acho que o número do prédio é esse aqui na chave da porta” eu falei: Então vai procurar Ângelo...O ângelo saiu e retornou 1 hora depois, não era não...caimos na risada, depois de uns chopes lembrei que o nosso amigo teria citado o nome do lugar chamado BOCA MALDITA, saímos então a procura do lugar e de um prédio com mais de 10 andares, percorremos as rua da cidade por mais de 2 horas e finalmente chegamos ao local e vimos um prédio alto, fomos ao porteiro e por nossa sorte aquele seria o prédio, ao chegar no ap coloquei a chave para abrir e derrepente sai um cara de lá..dizendo: “Quem são vocês? Falamos: “Somos amigos do proprietário do imóvel” Novamente ele disse: Ele não disse nada sobre vcs” Ai falei: “”E porque o recado seríamos nós que estamos dando! Nesse momento ficamos rindo e o cara sem entender nada. Quando entramos no ap, além do cidadão estava uma mulher...olhei para o Ângelo e disse: “Ângelo é melhor irmos embora, pois aqui não vai dá não, o cara deve está acompanhado e não vamos atrapalhar! Agradecemos a atenção dele e falamos que teríamos ido ali só para levar a chave...rssssssssss. Ao entrar no elevador rimos feito loucos...pois depois de andar mais de 2 horas teríamos ainda que procurar hotel, pois já passavam das 23:00hs. Fizemos metade do percusso a pé e ainda puxando as malas, mas foi ótimo ....
6.Todos sabemos que o Software Livre é uma pilastra do gitec. O que vc acha da utilização do mesmo pelas cms dos país?
Muito importante, pois como sabemos as CMs não possuem recursos financeiros suficientes para investimentos em softwares que irão tornar o legislativo mais ágil e consequentemente mais transparente para a sociedade. Não pontuo apenas pela questão financeira, mas também pela questão de envolvimento de vários profissionais que estão ajudando na colaboração e desenvolvimento de novas soluções. E isso é sem dúvida o que nos tem mantido nessa luta constante por utilização dessas tecnologias que causam um impacto positivo em nossas casas e consequentemente em nos tornam amigos de várias pessoas pelo brasil afora com uma finalidade: INTEGRAÇAO COLABORATIVA E PARTICIPATIVA PARA ENFRENTAMENTO DE PROBLEMAS E SOLUÇÕES ADEQUADAS PARA CADA REALIDADE. Sem dúvida o GITEC é uma comunidade que está cada mais fortalecida e precisa ser melhor utilizado.
Participando do Gitec, para mim a informatização das CMs terão que ter o seguinte diagrama:

Esse é um dos meus slides que faço apresentações sobre o Interlegis...fora tantos outros. Claro que sem esquecer o PORTAL MODELO

Reportagem: Tenho acompanhado de perto a implantação do portal modelo em sua câmara e sei que o mesmo está prestes a ser publicado, o que vc tem a dizer sobre esta ferramenta?
Ricardo Ferraz: Magnífico...porém necessita que sejam implementadas algumas soluções de acordo com cada casa legislativa, pelo menos na minha identifiquei algumas necessidades e estou trabalhando demais para que consigamos finaliza-lo estou muito otimista quanto ao resultado, pois convoquei uma grande parte de meus departamentos para que cada um dê sua contribuição. As pessoas que mim conhecem no GITEC sabem que eu não sou centralizador e por isso acredito que a melhor forma de administrar é acompanhar e dar soluções para os problemas que por ventura possam surgir e é isso que está ocorrendo com o meu portal modelo, pois envolvi uma grande parte de pessoas que necessitam da ferramenta para agilizar e melhorar o trabalho diário, certamente quando da sua publicação todos irão perceber que têm um pedacinho de cada um de nós. Eu também agradeço a muitos dos amigos, como você, o luciano, o Juliano, o ivan estão mim ajudando, sem falar com Jean em algumas soluções.

Reportagem: Gitec, o que representa estas 5 letras em sua vida profissional?
Ricardo Ferraz: DESENVOLVIMENTO !!!

Reportagem: E em sua vida pessoal?
Ricardo Ferraz: Acredito que uma das melhores coisas que já ocorreram na minha vida nos últimos tempos, o GITEC para mim é uma família...eu acredito que todos nós hoje temos mais que pessoas, temos irmãos que nos ajudam com os nossos problemas no cotidiano, sem dúvida isso está marcado em meu coração.
o GITEC para mim é: CO-IRMÃOS

Reportagem: Se você fosse dizer algo para todos os Gitecs que ainda não decidiram ir ao encontro o que vc diria?
Ricardo Ferraz: Encontrar com pessoas que movimentam a lista não tem preço, fazer parte do GITEC é uma das melhores ações que já fiz na vida, vocês irão notar isso.

Presença confirmada.

"Estou principalmente orgulhoso por participar deste I Encontro do GITEC, pois ele vai marcar história. As expectativas são as melhores possíveis."

Juliano Rafael Bringer - Domingos Martins - ES
Já confirmou a sua presença no encontro e você ainda está esperando o que?

Inscrições abertas

As inscrições para o I Encontro Nacional do Gitec, já estão abertas no portal do Interlegis . Inscrevam-se!

Entrevista com Paulinho Fernandes

Hoje tive o prazer de entrevistar o grande Paulo Fernandes de Souza Jr (Paulinho para os íntimos), 44, Analista de Informática Legislativa da Secretaria Especial de Informática do Senado Federal, SEI-PRODASEN.

Repórter: Qual a distro que você utiliza em seus computadores? E porque?
Paulinho: Opa, não vamos começar mais uma guerra de distros, não é mesmo. Bom, em casa, no trabalho, no meu note e até no meu PlayStation 3... UBUNTU RULES!!! hehehehe... Tenho prestado suporte também em algumas instalações do Fedora em servidores aqui no Prodasen. Falar que o Ubuntu é a distribuição mais amigável para o desktop do usuário final, é chover no molhado. O mundo inteiro já sabe, embora tenha quem ainda não concorde...

Repórter: Você já experimentou o Windows Vista? Gostou? E Porque?
Paulinho: Não. Não. Não sei. Falando sério, ainda não tive oportunidade de conhecer ( e nem interesse, vê lá, tenho mais o que fazer, não é mesmo?)

Repórter: Com o que você anda envolvido no Prodasen?
Paulinho: Faço parte de uma equipe que está desenvolvendo um editor para autoria de emendas em XML. A idéia é um editor do tipo WYSIWYG (tentando traduzir, o que você vê é o que você tem), genérico, para qualquer tipo de emenda à proposições legislativas. As emendas são geradas em XML, dentro do padrão LexML que já foi muito discutido no Interlegis e no GITEC - o SAPL implementa um versão inicial deste padrão. Depois o sistema deve evoluir para um editor autônomo de proposições.
Infelizmente não temos ainda aqui o processo de desenvolvimento aberto para a comunidade :-( , mas como estamos utilizando ferramentas de software livre em praticamente todos os níveis do desenvolvimento, creio que o sistema estará disponível para todas as Casas Legislativas quando
tivermos uma versão estável.
Além disto faço parte do Comitê de Tecnologia, que avalia e indica tecnologias, ferramentas e treinamento necessários ao nosso trabalho e auxilio a área de suporte ao desenvolvimento de sistemas no uso de soluções, principalmente em se tratando de software livre.

Repórter: Como você enxerga a utilização do SL pelas câmaras brasileiras? Como uma fuga dos custos do Software Proprietário, ou uma busca por qualidade, segurança e trabalho em comunidade?
Paulinho: Angelo, este componente de custo é sem dúvida muito importante para as Casas Legislativas, pois nós conhecemos bem a realidade orçamentária da grande maioria delas. Porém o aspecto do software livre que sempre me interessou mais foi o modelo de desenvolvimento colaborativo. Veja bem, a idéia principal do Interlegis é a de formar a Comunidade Virtual do Legislativo Brasileiro. Então fica claro a sua identidade com o modelo do Software Livre.

Repórter: Paulinho, você é para nós usuários o Pai do Gitec. Como você se posiciona em relação a essa afirmação?
Paulinho: Apesar da barba branca e da deficiência capilar, tenho só 44. Estou muito novo para ser pai destes marmanjos...rsrsrsrsrs. Brincadeiras de lado, acho que tive sim um boa parcela de responsabilidade nesta criação, assim como outros que fizeram parte do grupo no seu início e de muitos que fazem parte agora também. Não posso negar a satisfação e a pontinha de orgulho quando vejo aonde já conseguimos chegar, e tudo o que, com toda a certeza, ainda alcançaremos.

Repórter: Tendo o acompanhado desde a sua concepção, você pode nos dizer melhor que ninguém. Qual é o futuro do gitec?"
Paulinho: Como disse, vejo um futuro muito bom, na minha bola de cristal... rsrsrsrs. Creio que o GITEC atingiu o seu ponto de maturidade, onde grande parte dos membros podem ver o valor de sua participação na comunidade e o benefício que isto traz para as suas Casas. Agora precisamos mostrar estes ganhos para aqueles que ainda não participam de forma mais direta de nosso grupo.

Repórter: O que você acha da iniciativa da comunidade de promover o I Encontro Nacional do GITEC?
Paulinho: Embora seja uma comunidade fortemente baseada nas comunicações pela Internet, os encontros presenciais são fundamentais para reforçarmos os laços e mostrar a força e o valor do GITEC.

Repórter: Quais são as suas expectativas para o I Encontro?
Paulinho: Principalmente, reencontrar os companheiros. Espero também que possamos discutir formas de executar o que mencionei aí em cima, que é a tarefa de reforçar a imagem e importância do GITEC junto às Casas Legislativas, inclusive indo além das áreas de tecnologia.

Repórter: O Interlegis 2 é uma realidade ou uma possibilidade?
Paulinho: Como estou afastado da direção do Programa, não tenho como lhe falar sobre isto. Mas creio que estão todos empenhados para que seja uma realidade.

Repórter: O Interlegis proporcionou para as câmaras brasileiras um enorme salto em qualidade e técnica. Com o fim desta primeira etapa, qual é o seu balanço?
Paulinho: Sou suspeito para falar, não é mesmo. Mas creio que estes anos de execução do programa realmente fizeram diferença na realidade de diversas Casas Legislativas. Mesmo que em alguns momentos tenha se desviado do que, no meu ponto de vista, deveria ser a sua função principal: a formação da Comunidade Virtual do Legislativo Brasileiro.

Repórter: Bem, por aqui me despeço e agradeço muito pela atenção e presteza.
Paulinho: Eu é que agradeço pela oportunidade, e aproveito para mandar um grande abraço a todos. Espero vocês em Brasília, no nosso I Encontro do GITEC.